Orientações Curriculares para a Educação Escolar Indígena
Público alvo: Educadores
da Educação Escolar Indígena das Escolas
Estaduais e Municipais do Xingu
Data: 11/11/2013 a 14/11/2013- Encontro nº02
Formadores envolvidos: Eunice Fátima de Maria, Luiz Garcia Junior, Reginaldo Vieira da Costa,
Sara Cristina Gomes Pereira.
De
acordo com o planejamento proposto os objetivos foram alcançados. Os estudos,
discussões e reflexões aconteceram na Escola Estadual Central Ikpeng com
educadores da rede estadual e municipal em parceria com a Secretaria de
Educação do município de Feliz Natal.
No
dia 12/11 Realizamos acolhida a qual os professores Reginaldo, Sara e Luiz foram
apresentados aos professores colocando-se
a disposição para mediações no decorrer das discussões. Em seguida cada
professor se apresentou e relatou a formação acadêmica e o ciclo profissional
que atua. Os estudos e reflexões tiveram inicio no refeitório devido a escola
não possuir sala de professores. Em seguida passamos para uma das salas de aula
a qual se encontrava vazia pela ausência dos alunos que se encontravam em
Cuiabá nos jogos dos povos indígenas. A Escola não possui energia elétrica, um
motor gerador é ligado duas (2) horas na parte da manhã para encher a caixa
d’água a qual permitiu gerar energia e foi possível apresentar, discutir e
elaborar no coletivo o projeto Sala de Educador para 2014. Assim, o Projeto
Sala de Educador ganhou uma formatação diferenciada para poder atender todos os
professores que dependem de transporte aquático para realizar estudos coletivos
de formação continuada na Escola Central Ikpeng. Realizei um breve histórico da
Educação Escolar Indígena, oportunizando os professores a partilhar suas
experiências em sala de aula, já que a falta de energia não permitiu a apresentação
dos slides preparados para a exposição do contexto a ser estudado, em algumas
falas dos professores foi possível perceber que a política educacional tem
estado presente nas comunidades indígenas porem a Seduc está em débito com os
povos indígenas quando se fala em formação inicial e continuada de educadores
para atendimento destas comunidades indígenas. Utilizando quadro e giz, foi
possível provocar estudos, discussões e reflexões sobre Currículo específico
para a Educação Escolar Indígena contextualizando estratégias didáticas
disponíveis na comunidade como ferramenta de ensino aprendizagem com base nas
Orientações Curriculares e na RCNEI. Estudos estes, realizados com
tranquilidade, já que todo o currículo da Educação indígena é transposto do
contexto do cotidiano para a sala de aula como currículo escolar
interdisciplinar.
No
dia 13/11 foi apresentado os eixos temáticos, e as sugestões de conteúdos
prescrito nas Orientações Curriculares para a Educação Escolar Indígena sendo
em seguida proposto aos professores uma oficina para a construção de um
planejamento por área do conhecimento e de sala de aula abordando conhecimentos
e ferramentas do contexto local. A construção foi um ponto positivo no
diagnóstico das dificuldades individuais no registro e organização do trabalho
pedagógico dos professores. A mediação dos professores do Cefapro se deu ao
orientar intervindo e sanando dificuldades existentes no ato de planejar as
atividades pedagógicas curriculares.
Devido
o pouco tempo, falta de geração de energia e internet na escola não foi
possível trabalhar relatório descritivo reflexivo, sendo uma necessidade
formativa que dará autonomia aos professores no registro do ensino aprendizagem
dos alunos no sistema on-line no sistema Sigeduca. A coordenação da Escola fica
com a responsabilidade pela transcrição dos relatórios descritivos no sistema,
no entanto, muitos diários e relatórios continuam em branco devido às
dificuldades do acesso aos relatórios dos professores das salas anexas e a
distância da Escola e a Assessoria de Canarana.
Dia
14/11 A atividade deste dia foi antecipada para o dia anterior a noite o qual
cada professor realizou uma avaliação oral no coletivo e após uma auto formação
descritiva relatando necessidades formativas perante suas dificuldades
profissionais. Esses relatos fornecerão dados relevantes importantes para a
organização da continuidade da formação continuada junto ao coletivo e assim
como, norteia as orientações a serem propostas para estudos autoformativos dos
educadores. Os professores tiveram participação efetiva nas discussões fortalecendo
o diagnóstico das necessidades formativas para que as formações futuras realizadas
pelo Cefapro possam contemplar as reais necessidades de formação continuada dos
educadores e contribuir para um ensino voltado às especificidades da Educação
Escolar Indígena com qualidade.
Os educadores do eixo
profissional não participaram dos estudos, reflexões formativas devido a
necessidade do atendimento aos alunos do EMIEP/ Agro ecologia, sendo que uma
das etapas estava conhecendo concomitante nesta semana.
A
Formação foi importante pela Integração entre os profissionais da educação,
relação de confiança estabelecida entre educadores das Escolas Indígenas e
Cefapro e a parceria com a SEMEC de Feliz natal oportunizando formação
continuada na comunidade local.
Necessidades Formativas diagnosticadas: Não foi possível estudar e refletir sobre avaliação do
ensino aprendizagem nem relatório descritivo reflexivo sendo necessária uma
formação específica no início do ano de 2014 para reestruturar o Projeto Sala
de Educador e dar continuidade na formação atendendo a outras necessidades
formativas solicitadas pelo coletivo de professores da escola como Relatório
Descritivo (continuidade) Práticas pedagógicas em Matemática; Gestão Escolar; Metodologias
de ensino da Língua materna; Língua portuguesa; Aprofundamentos na construção
do plano de aula; Praticas pedagógicas na área de ciências da natureza; Informática
como instrumento pedagógico. Sendo necessário acompanhamento de professores
formadores de todas as ares do
conhecimento.
Veja os slides apresentados para reflexões
ENCONTRO DE PROFESSORES E GESTORES DAS ESCOLAS INDÍGENAS
DO XINGU PARA ESTUDOS DO PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP
Público alvo: Educadores
da Educação Escolar Indígena das Escolas
Estaduais e Municipais do Alto, médio, baixo Xingu
Data: 13/05/2013
a 17/05/2013
Temática: Projeto Político Pedagógico
Por solicitação da
Coordenadoria da Educação Escolar Indígena/ SEDUC os CEFAPROS de Barra do
Garças, Primavera do Leste e Sinop integraram-se somando esforços para o
desenvolvimento de formação continuada
aos educadores das Escolas do Município de
Gaucha do Norte EEI Central Karib,
EEI Leonardo Villas Boas, EEI Piyulaga, EEI Mavutsinin, EIM Madri
Mehinako; do Município de Marcelândia EEI Kamadu,
EEI Panaku; Município de São José do Xingu, EEI Bitahama; do Município de Querência EEI Central Kĩsêdjê; do Município de São Félix do Araguaia EEI Diauraum e do Município de Feliz Natal
EEI Central Ikpeng, EEMI Maraka, EEMI Jaytata EEMI Aruwak
integrando saberes com objetivo de proporcionar reflexão dos conceitos sobre o PPP contribuindo para elaboração e/ou revisão dos projetos das
escolas indígenas do Xingu considerando
as especificidades étnicas e regionais do Alto, Médio, Baixo e
Leste Xingu.
Contamos
com a presença de uma representante da Assessoria de Canarana Ivone
Tirlone e da assessoria de Gaucha do
Norte Anialce da Silva Lima que permaneceu e participou todos os dias mediando
e contribuindo na construção do PPP de suas escolas. Esteve em acompanhamento e
auxilio a assessora Técnica Pedagógica da SEDUC Bernardete F. de Lara e a superintendente das Diversidades Educacionais- SUD Josefina Costa
de Jesus e um representante da Funai.
Dando inicio a Professora Formadora Serlene Ana de Carli/ CEFAPRO de
Primavera do Leste fez apresentações dos participantes e Luciene de Morais
Rosa/ Cefapro de Barra do Garças fez fala sobre Movimentos Sociais e Concepções
na Educação Escolar Indígena. Em seguida os grupos fizeram transposição da
concepção “Que sociedade desejamos construir?” em forma de desenho.
As professoras Formadoras Serlene Ana de Carli e Rosa Maria Maiate
revessaram a fala com reflexões sobre a função social, conceitos e metodologias
da construção do Marco referencial PPP segundo Vasconcelos. Dando continuidade na formação foi proposto
estudos em grupo do Texto: Projeto Político Pedagógico e elaboração do Marco
Referencial: Situacional, Teórico e Operativo (Celso Vasconcellos). Com a
concepção Que sociedade desejamos construir? Os grupos reunidos por escola
deram inicio a oficina de construção do PPP escolar. Alguns grupos opinaram por
rever o PPP existente na escola configurando conceitos e atualizado informações
outros deram preferência por construir do inicio como forma de aprendizagem e
participação coletiva. O Marco Diagnóstico ficou como sugestão a ser
desenvolvido junto com a comunidade escolar e a socialização do material
coletado no próximo encontro. Houve socialização de todos os grupos do trabalho
coletivo realizado onde a participação dos educadores foi realmente de um povo
que conhece e pratica a democracia no dia a dia da escola e na comunidade. O
plano de Ação ou Programação é a parte do PDE que a Escola deve correlacionar
com todas as atividades de desenvolvimento do projeto no decorrer do ano, assim
as escolas foram orientadas a realizar a construção do mesmo junto a comunidade
escolar com as dimensões pedagógicas, comunitária e administrativas de acordo
com as necessidades da Escola.
Após a formação foi possível
planejar junto aos diretores um plano de trabalho para a pesquisa socioantropológica
na escola com levantamento de dados para a continuidade da construção do PPP no
coletivo. Foi possível repassar
informações prévias sobre a CONAE propondo para a participação com adições ou
supressões de textos significativos para a Educação Escolar Indígena. Junto com
o Diretor da Escola Central Ikpeng planejamos estratégias de comunicação que
facilitam o acompanhamento das atividades pedagógicas dos Educadores na escola
e em acordo informal ficou programado a presença do CEFAPRO em Agosto para
formação sobre as Orientações Curriculares e concepções de avaliação processual
e descrição de relatórios do ensino aprendizagem. Para o Sala do Educador
orientei estudos individuais de teorias que fortaleçam as necessidades dos
educadores em relação as dificuldades de ensino e aprendizagem já que a gestão
não tem como acompanhar os grupos de estudos dos educadores das salas anexas.
Observações, solicitações. Foi
possível observar que o PPP da Escola está construído porem precisando de
atualizações
Necessidades
formativas observadas e encaminhamentos: Neste encontro os educadores da Escola Central Ikpeng receberam as Orientações Curriculares da Educação Escolar
Indígenas sendo necessários estudos e reflexões sobre o ensino aprendizagem dos
alunos e os relatórios descritivos que devem ser pautados nas competências e
habilidades por área do conhecimento. Será necessário de formação sobre o EMIEP.